sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Branca de Neve em novas cores

Os contos de fadas fazem parte da infância da maioria das crianças. Quando pequenos nos fazem viajar por mundos encantados onde podemos morar em castelos, cantar com os pássaros, lutar contra bruxas e gigantes, e ao fim viver felizes para sempre com um grande amor. Fato é que com o passar dos anos toda essa história de princesinha na torre à espera do príncipe encantado já não empolga tanto. E é para felicidade destes já não se interessam por essa fórmula pueril dos contos de fadas que surgem o recontos.

Branca de Neve e o Caçador está entre essas histórias infantis que ganham um contexto mais adulto-jovem através de injeções de aventura e suspense. O cerne da história não se modifica. Ainda encontramos uma bela jovem de pele clara que é vítima das maldades de uma bruxa que não mede esforços quando se trata de manter o poder e a beleza. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Porém, o que empolga nesta releitura do conto dos Irmãos Grimm é que a princesa se assemelha em muitos aspectos à realidade daqueles que se atêm ao romance. Ela é guerreira, supera-se a cada obstáculo, descobre-se capaz de superar desafios cada vez maiores, sem, contudo, perder seu lado romântico. Ainda de que forte e batalhadora, Branca de Neve sonha e busca o amor verdadeiro, embora não faça disso o principal e maior objetivo de sua vida, tampouco crê que este é o único caminho para o 'felizes para sempre'. 

A obra conquista por se aproximar da realidade dos jovens que sabem o que querem, batalham por seus sonhos e no meio do caminho apaixonam-se, aventuram-se e redescobrem-se.  É uma leitura agradável e que vale a pena, mas que sucumbe a um mal da vida contemporânea: a pressa. Os autores pecam por correr com o enredo. Poderiam facilmente estender o romance por mais algumas dezenas de páginas sem perderem o fio da história e brindando os leitores com uma obra mais bem acabada e construída, e que prazerosamente nos tomariam algumas horas de ótima companhia.

terça-feira, 13 de março de 2012

Feliz Por Nada...

ou por ler um bom livro. Martha Medeiros escreve há um tempo bastante expressivo, embora sua obra tenha se tornado mais conhecida após o lançamento livro/filme Divã. Os livros dela, longe de conotações de auto-ajuda, tem a capacidade de nos fazer refletir sem que percebamos. Seu jeito leve de escrever sobre fatos comuns que fazem parte da vida nos envolve de tal maneira que não raro o leitor sente-se lendo uma biografia sua e dos seus. Foi essa a sensação que tive ao ler "Feliz Por Nada". Uma coleção de crônicas que nos transporta a situações já vividas, como se estivessêmos em um deja vu. Poucas sensações são melhores do que descobrir-nos compartilhando aspectos que julgavámos peculiaridades (vergonhosas ou não) de nossas vidas.
Ainda tenho muito o que ler na obra de Martha Medeiros e até hoje afirmo que não tenho motivos para me decepcionar. Muito pelo contrário, há razões de sobra que deixam aquele gostinho de quero mais.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dom - Clássico Machadiano


No primeiro post é lógico começar pelo início (péssimo trocadilho)... Para isso deveria ir longe e começar do trovadorismo, mas devo ater-me a publicações mais recentes: os Clássicos.

É impossível falar de clássicos sem citar, ou melhor sem fazer longas resenhas sobre Machado de Assis. O último livro dele que li foi Dom Casmurro. Foi uma experiência interessante e serviu para me mostrar que não sou boa em veridictos. Quando me falavam sobre o triângulo Bentinho, Capitu e Escobar, tinha sempre a impressão de que poderia desvendar facilmente a possível traição que move os relatos do narrador. Talvez pela minha incapacidade eu me recorde tão bem do enredo e sua releitura não seja cansativa.


Machado de Assis é um gênio na arte de explorar as fraquezas do homem. E por isso seus livros são clássicos, eles sabem se conservar atuais mesmo escritos há muuuito tempo. Enfim, pra quem resiste tenho um conselho: não fuja dos clássicos, pois eles podem te surpreender ao falar de questões que lhe são bem comuns.

Apresentação

Abro aqui um humilde recanto para aqueles que como apreciam as 7 artes principalmente a sexta e a sétima! Literatura e Cinema! É isso que nos une. O prazer de entregar-se a horas em frentes às telas e às páginas de um bom livro, o qual se vale mesmo a pena pode-se até esquecer as páginas amareladas e o cheirinho de mofo!Este é o prólogo de um blog que espero que dê certo e que ele não precise chegar ao fim para ter seu "felizes para sempre"!